quinta-feira, 8 de março de 2012

Amantes.



És a minha realidade e o meu devaneio,
O aprumado morro golpeado.
És o meu mais esplêndido anseio clandestino,
e eu a veracidade que tanto aspiras.

Jaze invencível, mas não longínquo,
porque és um devaneio de fortuna
e muito mais do que o acaso.
És a minha utopia, és a minha puberdade!
E na tua alma está o eco de tudo o que invocamos.

O meu imo tem uma historieta cingida,
maltratada pela aflição e por bel-prazer,
o amplo amor que te consagra.
A verdade é só a alma trovadora
onde nos beijamos, amantes,
completados no mundo da incidência e do adeus.

Desde que és a minha doidice tricotada,
o teu sopro cheio de sol virou o meu sono.
Arrazoando que significarias apenas uma atracção,
uma alegoria de inchaço, irretorquível e frígida.

E assim não és, nem habitas em mim.
Mas confio o sol ao meu espírito.
E tu és o lume que me incinera
porque tudo que amamos, inventamos!


Para ti. Sempre. Sempre.

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