quinta-feira, 1 de março de 2012

Coisa Nenhuma.


Frivolidades de Coisa Nenhuma

O despeito amoroso atraiçoa o mais reservado de todo um ser. Abjura-o na sua concessão. Aprisiona-o em fluxos de iniquidade e ardis tenebrosos. Culpa-o e sentencia-o a um extermínio arrastado de si mesmo. Cerca-o de hostilidade e de chacota. Despeja-o de melindre e cabeça. Submerge-o na demência da improbabilidade e tortura-o na ininterrupta alegação sem causas.
O que resta, após? Coisa Nenhuma!
Também, Coisa Nenhuma existiu. Durou, a Coisa Nenhuma, eras em demasia. Como erva trepadora que não foi esculpida no brotar de peçonha e de ganância.
Essa Coisa Nenhuma pode sintetizar-se a anãs ilusões, amplas utopias e qualquer apática permuta de fluídos orgânicos.
E, dessa Coisa Nenhuma, sobeja culpa de que essa Coisa Nenhuma tenha sucedido por uma grosseira vontade sexual de ocasião.
Não choca que o dolo se encorpe nessa Coisa Nenhuma. Como Coisa Nenhuma que foi, não havia alicerce consistente para a sobrevivência ao despeito.
E o ciúme chacinou o hipotético "amor" que era Coisa Nenhuma!
E assim, também Coisa Nenhuma expirou. E nem deixou pesares, apenas um despeito aceso.
Não! Inúmeras vezes, não! Elejo a inexaurível solidão.

Para ti. Sempre.

Sem comentários:

Enviar um comentário